Ayvu Rapyta - Palavra Habitada
Somos um grupo de contadores de histórias
que tem como fio condutor as narrativas contadas e costuradas na roca do tempo das culturas.
Buscamos no prazer das leituras, habitar com sonho e magia no coração das pessoas.
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segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Quem conta um conto...Trovas de Juraci Siqueira


Na última reunião fomos presenteados com a participação do poeta e trovador paraense Antônio Juraci Siqueira, que nos apresentou suas trovas sobre os contadores e sua arte, uma beleza de se ver...Lembrando que le sempre presentea as pessoas com o coração do poeta(foto ao lado)Você já levou o coração do Juraci?Quem sabe na próxima roda de histórias!!
De quando em vez me comovo
No meio da garotada
Descobrindo um mundo novo
Num velho conto de fada!

A vida – tão complicada,
Cheia de problemas mil –
É simples, bela e encantada
Dentro do conto infantil!...

Nesta vida de procuras
Entre certeza e o talvez,
Até as histórias futuras
Têm gosto de “era uma vez”...

Para vencer os conflitos
Dos nossos dias tristonhos,
Inventa um conto bonito
E nela guarda os teus sonhos!

Cada história recontada
É uma fecunda semente
Que quando na alma é lançada,
Germinará novamente!

Quando as luzes da ribalta
O tempo apaga, sem dó,
Meu coração sente falta
Das histórias da vovó...

Brincadeiras de criança,
Histórias do “era uma vez”...
-Quando mais a idade avança
mais eu clamo por vocês!...

Dragões, animais falantes,
Duendes, bruxas malvadas...
- Quantos mitos cativantes
num simples conto de fadas!
-Dona Benta!Narizinho!
Pedrinho!Emília!Visconde!...
Hoje, confuso e sozinho,
Chamo e ninguém responde...

Contador, conta teu conto
E, nessa tão nobre lida,
Aumentarás mais um ponto
Na tua história de vida!

Ao fim das longas jornadas
Poucos de nos percebemos
Que a vida é um conto de fadas.

Para viveres sem trauma,
Planta amor onde passares
Pondo um pouco da tua alma
Nas histórias que contares!

Conta uma história de amor,
Põe nela paz e esperança
Que nada tem mais valor
Que os sonhos de uma criança!

Quem sonha um novo horizonte,
Torna o mundo mais risonho
E faz do conto uma ponte
Por sobre o rio do sonho!

José Monteiro Lobato,
Teu mundo alegre, infantil,
Tem vida e cheiro de mato,
Tem jeito de “Zé Brasil”!

Saltitante, zombeteiro,
Alegre, maledicente...
Como esse Saci matreiro
Instiga os sonhos da gente!

Nem mesmo o computador
Com internet e companhia,
Substituem a magia
Que há na voz de um contador”

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