“Há muito, muito tempo atrás lá em Capanema (Pa), um padre contou que apareceu 4 luas no céu , e era dia! o céu ficou escuro, e o dia virou noite”..... (Raimunda Souza).
Raimunda Souza era minha avó, e quando ela contou essa história provavelmente tinha 7 anos, pois lembro bem, que senti um medo danado! e isso me motivou para seguir seus passos como contadora. A sensação de escutar as histórias de terror que ela contava tocou meu coração. E hoje sigo a trilha do contar e ouvir o encantado universo das histórias.
Minha avó trilhou pelo rico caminho da oralidade, viveu a época das fogueiras onde a noite era o grande palco das emoções de contar e encantar a todos e todas pela força da palavra que percorria o tempo vivencial conectado com a imaginação liberando as sensações presentes no coração.
Ah! a tradição oral ! tão preenchida de encantamentos! Sigo o caminho de minha avó, sou apaixonada pela tradição, e levo a magia e sua potencialidade contando aqui e ali seus saberes.
Descobri nos livros uma outra fonte o da palavra escrita, a história criada por autores que nos emocionam e nos acendem como contadores para contar e soltar ao vento a musicalidade das palavras as quais irão liberar a imaginação permitindo um encontro sintonizado com o coração e assim fluir o efeito do alimento alma que nos preenche ao ouvir a sonoridade das histórias contadas.
Mergulho no rio das histórias e a cada mergulho percebo a vontade do outra vez e quando saio desse estado sinto-me feliz de ser contadora e contribuir com a vitalidade dessa arte que atravessou as fronteiras do tempo e desembocou até os nossos dias para alegrar nossas vidas.
Eh, psiu! Pare um pouco e escute a Menomési (Deusa da memória) ela está soprando e dizendo, vá! Conte histórias você também , mas não esqueça abra o coração e os ouvidos para escutar o vento que trás as palavras pulsando para penetrar em seu ser e lhe alimentar de prazer.
Me despeço, agradecendo a todos e todas que mergulharam comigo nesse momento tão precioso e sagrado das memórias de uma contadora que como outros contadores conta e encanta a vida com histórias.
Maiolina Neves
Raimunda Souza era minha avó, e quando ela contou essa história provavelmente tinha 7 anos, pois lembro bem, que senti um medo danado! e isso me motivou para seguir seus passos como contadora. A sensação de escutar as histórias de terror que ela contava tocou meu coração. E hoje sigo a trilha do contar e ouvir o encantado universo das histórias.
Minha avó trilhou pelo rico caminho da oralidade, viveu a época das fogueiras onde a noite era o grande palco das emoções de contar e encantar a todos e todas pela força da palavra que percorria o tempo vivencial conectado com a imaginação liberando as sensações presentes no coração.
Ah! a tradição oral ! tão preenchida de encantamentos! Sigo o caminho de minha avó, sou apaixonada pela tradição, e levo a magia e sua potencialidade contando aqui e ali seus saberes.
Descobri nos livros uma outra fonte o da palavra escrita, a história criada por autores que nos emocionam e nos acendem como contadores para contar e soltar ao vento a musicalidade das palavras as quais irão liberar a imaginação permitindo um encontro sintonizado com o coração e assim fluir o efeito do alimento alma que nos preenche ao ouvir a sonoridade das histórias contadas.
Mergulho no rio das histórias e a cada mergulho percebo a vontade do outra vez e quando saio desse estado sinto-me feliz de ser contadora e contribuir com a vitalidade dessa arte que atravessou as fronteiras do tempo e desembocou até os nossos dias para alegrar nossas vidas.
Eh, psiu! Pare um pouco e escute a Menomési (Deusa da memória) ela está soprando e dizendo, vá! Conte histórias você também , mas não esqueça abra o coração e os ouvidos para escutar o vento que trás as palavras pulsando para penetrar em seu ser e lhe alimentar de prazer.
Me despeço, agradecendo a todos e todas que mergulharam comigo nesse momento tão precioso e sagrado das memórias de uma contadora que como outros contadores conta e encanta a vida com histórias.
Maiolina Neves
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