Uma conversa sobre mães
“Mãe é tudo que abraça, acha graça e ama a gente”. É assim que Sylvia Orthof traduz o Ser Mãe, quando coloca que “se a Terra fosse mãe seria mãe das sementes...” realmente, somos como Gaya a Terra Mãe, carregamos em nosso centro-ventre uma semente que cuidamos, alimentamos e que, aconchegada em nossa barriga, sente-se protegida de toda sorte ruim. No processo de germinação a nova planta permanece e permanecerá ligada à sua mãe pela raiz, que quanto mais profunda for garantirá à vida da nova planta melhor qualidade.
No parto o novo Ser nos é separado fisicamente, mas o que nos uni é uma raiz invisível tão forte e impossível de ser erradicada que é capaz de nos manter ligados de tal forma que não perdemos nossa capacidade de sermos como Gaya (Mãe Terra ) buscamos sempre envolver nossos filhos em nossos braços, sermos fonte de aconchego e segurança, não importando mesmo nossos medos, dúvidas e fraquezas, para eles elas, nossos filhos e filhas, somos o retorno ao centro-ventre fonte de toda segurança.
Assim, podemos ser solo que nutre, fortalece e ajuda a viver, sendo mães que dão condições de vida independente e sadia e criamos filhos felizes. Podemos ser solo fraco, que não consegue alimentar a nova planta sendo mães que não oferecemos condições de que nossos filhos respirem o ar de suas próprias vidas sufocando-os e levando-os á dependência e à infelicidade.
Busquemos sempre sermos solo forte!
E por mais confusas que possamos parecer, sim, pois ao mesmo tempo em que ficamos felizes com suas vitórias seja com os primeiros passos ou com o fato de tirarem a carteira de motorista, sempre pensamos “nossa, meu filho está crescendo!”, “minha filha já não precisa mais de mim...”não é confusão nem fraqueza é que ficamos com saudade do tempo em que nossas sementes estavam em nossa barriga e que a nós e em nós eram totalmente ligados,sentimos saudade de quando éramos apenas como Gaya a Mãe Terra.
Feliz dia das Mães, a todas nós.
Beijos, Ana Selma Cunha.
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